Descubra aquilo que aprendemos sobre UX Design (até agora)
A sua viagem pelo mundo da UX (User Experience, experiência do utilizador) começa aqui.
Vamos explorar os principais conceitos relacionados com a experiência do utilizador e o UX Design.
Aprender as noções básicas vai garantir que será capaz de criar um website que atraia e envolva os visitantes, transformando-os em clientes.
Neste guia, vai aprender:
- UX Design
- Experiência do utilizador
- Design Thinking
O famoso designer industrial alemão Dieter Rams afirmou uma vez:
Vamos dar-lhe algumas dicas sobre design (simples e sem complicações!). Assim, conseguirá criar o design adequado para si e para os seus clientes.
O UX Design pode fazer-se bem ou mal
- Porque é que alguns websites e aplicações web são tão difíceis de usar?
- Como é que um mero formulário online é capaz de nos fazer sentir tão frustrados?
- Porque é que os botões são tão confusos, ou porque é que o menu de navegação do website é tão complicado?
- Porque é que nada funciona como é suposto?
Pense na situação contrária:
Porque é que alguns websites e aplicações web são tão fáceis de usar?
Proporcionam uma experiência do utilizador excelente, um funcionamento simples e sem problemas e têm um design espetacular. Sabe porque é que funcionam tão bem?
Porque o design do website ou aplicação web em questão foi criado a pensar no utilizador. Ter uma boa UX passa por fazer com que tudo funcione de acordo com as expectativas dos utilizadores.
Podemos encontrar exemplos de má experiência do utilizador por todo o lado (infelizmente). Talvez tenha tido uma má experiência da última vez que encomendou comida online, ou quando reservou as suas férias na Ásia.
A verdade é: usamos a Internet todos os dias, no telemóvel, computador portátil, tablet, smart TV e outros dispositivos. Todas estas plataformas usam o UX Design como estratégia para proporcionarem aos utilizadores uma experiência relevante, significativa e memorável. Por vezes, conseguem. Outras, nem tanto.
Brad Frost explica:
UX, XD, UCD, UI… É tudo a mesma coisa?
A resposta mais curta é “não”. Compreender o espetro de cada uma das diferentes funções do UX Design é fundamental para adquirir novas competências e melhorar enquanto designer. Vamos dar uma olhada:
A UX consiste na interação do utilizador e na qualidade da sua experiência quando interage com um website, aplicação web ou serviço. Pode proporcionar ao seu website um funcionamento superior ou tantas funcionalidades quanto desejar. No fundo, o sucesso do seu projeto vai depender de como os utilizadores se sentirem em relação ao mesmo. Esperemos que se sintam muito bem!
Enquanto a UX tem a ver com a ligação entre um utilizador e um website, tecnologia ou dispositivo, o XD (User Experience Design, design da experiência do utilizador) interessa-se pela experiência global de uma determinada marca.
Vejamos.
O User Experience Design costuma ser usado quando se fala de marketing de marcas. Normalmente, é impulsionado pelos momentos de compromisso entre pessoas e marcas. A experiência de uma determinada marca na mente do cliente, as ideias, recordações e emoções criadas por esses momentos são consideradas XD.
- User-Centered Design (UCD)
OK. Queremos criar um website ou aplicação web. De que precisamos? Precisamos de utilizadores e objetivos de negócio.
Enquanto a UX se foca na qualidade da experiência, o UCD (User-Centered Design, design centrado no utilizador) estuda estratégias e processos para criar essa experiência.
Os objetivos de negócio, bem como os utilizadores, estão no cerne de todas as esferas, processos e estratégias: desde investigação sobre utilização, planeamento, UX Design, usabilidade de websites, Responsive Design, User Interface Design até ao desenvolvimento e implementação.
É uma abordagem de design que alinha os objetivos de um negócio com o tipo certo de utilizador para o mesmo, a fim de dar-lhes vantagens a ambos.
- User Interface (UI)
O que é o UI Design? Em poucas palavras, refere-se aos aspetos estéticos.
O UI (User Interface Design, design de interface do utilizador) é mesmo isso. Tem a ver com a aparência do site. A interface certa permite ao seu produto atingir um patamar superior a nível profissional e gera confiança junto do público. Ao gerar confiança e segurança, atrairá os clientes certos e fará com que o seu website, aplicação web ou serviço se distinga da concorrência do mercado.
O User Interface Design tem a ver com a aparência do site e as sensações que cria nos utilizadores. Engloba as imagens, botões, elementos gráficos, texto e animações.
Como podemos juntar isto tudo?
Como já deve ter reparado, alguns destes aspetos têm elementos em comum, enquanto outros se complementam. O quadro abaixo proporciona uma visão geral do espetro dos domínios abrangidos pelo design de websites modernos:
Apresentámo-lhe diversas áreas e funções da experiência do utilizador e do design de websites modernos. Concluindo, é preciso reconhecer que pensar nos utilizadores ajuda todos os intervenientes no processo de design:
- O negócio: permite poupar tempo e dinheiro através da redução de custos e aumento da taxa de satisfação entre os utilizadores.
- Os programadores: mostra-lhes o caminho a seguir e aumenta as hipóteses de terem êxito no projeto.
- Os utilizadores: é o que faz com que os utilizadores comprem um produto em vez de saírem do website, ou concluam uma tarefa em vez de desistirem a meio (e nunca mais voltarem a iniciá-la).
Ainda está a ler? Ótimo.
Neste momento, é provável que esteja a pensar:
- “Eu só queria !” criar o design de um website
- “Os meus clientes só precisam de um deles!” design moderno para o website
- “Porque é que preciso de saber isto tudo?”
- “É assim tão complicado criar um ?” website com o design adequado
Infelizmente, estas perguntas denotam três grandes problemas.
- Luta pela atenção: nos primeiros tempos da Internet, havia uma necessidade muito inferior de lutar pela atenção dos utilizadores. Tanto os utilizadores como os programadores estavam ainda a tentar perceber como usufruir inteiramente do potencial da Internet. Fundamentalmente, as marcas e empresas criavam a sua imagem e reputação offline.
- Desvalorização do utilizador: se não pensarmos nos utilizadores, o sucesso ou fracasso de um projeto dependerá, meramente, da sorte. A equipa de design e os empresários usarão o seu discernimento para avaliaram os objetivos do website ou aplicação web.
- Vantagem competitiva: houve uma altura em que a Internet era apenas dominada por especialistas. Felizmente, isso já não acontece. Hoje em dia, a Internet é o sítio mais democrático do mundo. Se não fizer as perguntas certas e não aprender a melhorar as suas competências de design, terá milhares de pessoas, de diversos backgrounds, a passarem-lhe à frente.
Uma indústria em expansão
O UX Design é uma indústria em expansão no mundo inteiro. As empresas têm vindo a descobrir que podem obter uma elevada ROI (return on investments, remuneração do investimento) se investirem na experiência do utilizador para os seus produtos e serviços web.
O User Experience Design já não é um serviço exclusivo das empresas gigantes tecnológicas ou agências de publicidade. Este campo continua a integrar-se noutras indústrias, como a educação, moda, cinema e ONGs (organizações não governamentais).
Para além de a procura por UX Designers ser alta, os salários são também bastante competitivos. O CareerFoundry tem um excelente artigo sobre o mercado de trabalho da UX e os seus salários:
Salários de UX Designer por país, segundo o CarreerFoudry
O mercado de trabalho e oportunidades para UX Designers dispararam nos últimos 10 anos e prevê-se que a necessidade de UX Designers de alta qualidade venha a aumentar. O UX Design foi também considerado o 6.º ramo com os melhores salários em início de carreira, segundo este estudo do Glassdoor.
Conheça uma perspetiva sobre a ROI da experiência do utilizador da mão da Human Factors International:
Hoje em dia, o vasto espetro dos postos de trabalho e atividades de UX Design, bem como as suas crescentes oportunidades de mercado no mundo inteiro, podem surgir em diversas esferas:
- Projetos complexos: os projetos complicados tornam-se mais fáceis de gerir quando se pensa na UX. Apresentar demasiadas funcionalidades de maneira errada pode fazer com que os utilizadores percam a vontade de usar o seu website ou aplicação web.
- Startups: as startups de alta tecnologia continuam a desenvolver projetos inovadores e precisam de métodos que lhes permitam compreender os comportamentos dos utilizadores, que podem ir desde as suas sensações ao modo como interagem com uma aplicação web.
- Projetos com orçamentos modestos: as pequenas empresas não fazem investigação sobre a em projetos de baixo valor. Contudo, qualquer equipa de desenvolvimento de projetos com um orçamento modesto vai atribuir alguns dos seus recursos financeiros a um grupo de UX Designers. experiência do utilizador
- Projetos longos: quanto mais longo for um projeto, mais recursos vai precisar de usar. Assim sendo, o e a proporcionam-lhe ainda mais vantagens de remuneração do investimento. UX Design experiência do utilizador
- Campos em expansão: o já não é um serviço exclusivo das empresas gigantes tecnológicas ou agências de publicidade. Visto tratar-se de uma área com rápido crescimento, tem vindo a integrar-se rapidamente noutras indústrias, como a educação, moda, cinema e ONGs. User Experience Design
Dê uma olhada a estas 13 estatísticas impressionantes sobre UX Design.
Leia o Design Census, no qual participaram 9429 designers.
Descubra mais sobre o estado da UX em 2020 aqui.
A arte do gamanço
Para quem está a iniciar-se em algo novo, é sempre bom aprender com quem sabe. Os seguintes princípios e conceitos foram criados por alguns dos UX Designers mais influentes. Não tenha vergonha: copie quem sabe.
- Don Norman, “padrinho” da UX Em 1988, Don Norman, “padrinho”da UX, foi o primeiro a descrever o design com base nas necessidades dos utilizadores. Começou a trabalhar na Apple em 1993 e tornou-se a primeira pessoa a ter as palavras “experiência do utilizador” no título do seu posto de trabalho. Para Norman, a beleza ou valor ornamental das coisas pouco importa; o que realmente importa é em que medida satisfazem as necessidades dos seus utilizadores.
- Jesse James e o UX Iceberg Escritor de um dos clássicos sobre experiência do utilizador, “The Elements of User Experience,” Jesse James Garrett dividiu o processo de criação da experiência do utilizador em cinco elementos: . O nível da superfície: à superfície, pode ver-se uma série de designs de páginas web, criados com imagens e texto. Pode clicar nalgumas destas imagens.
O processo dos cinco níveis, por James Garret
- O nível do esqueleto: por baixo da superfície, encontra-se o esqueleto do website ou aplicação web. É o local ideal para integrar botões, separadores, fotografias e blocos de texto, otimizando assim o layout e disposição dos elementos a fim de obter uma eficiência e efeitos máximos.
- O nível da estrutura: a estrutura define o modo como os utilizadores chegam a uma página web e o local para onde podem ir após terminarem.
- O nível do âmbito: determina as diversas funcionalidades e funções do website ou aplicação web e o modo como funcionam em conjunto. Determinar se uma funcionalidade (qualquer funcionalidade) deve ser incluída no website é uma questão de âmbito.
- O nível da estratégia: lida com a estratégia do website. Incorpora não só a equipa de e os objetivos de negócio, mas também aquilo que os utilizadores desejam retirar do site. UX Design
O conceito dos cinco níveis foi mais tarde (re)utilizado e popularizado pelo sistema do UX Iceberg, baseado no clássico livro de Jesse.
- Peter Morville e a Honeycomb experiência do utilizador Desde 1994 que Peter Morville é considerado pioneiro nas áreas da experiência do utilizador e arquitetura da informação. Criou um dos diagramas mais divulgados e usados para “ilustrar as facetas da experiência do utilizador – especialmente para ajudar os clientes a perceberem porque devem ir para além da facilidade de uso.” A UX Honeycomb tem sete facetas e a “grande colmeia” ilustra, segundo Morville, um “lugar dinâmico e multidimensional onde ainda há muito espaço para construir novas caixas e desenhar muitas setas, pelo menos durante os próximos dez anos”.
Parece que Peter tinha razão. A frase é de 2004 mas, 16 anos depois, continuamos a falar sobre isto.
Os antigos especialistas e primeiros UX Designers reconheceram que a conceitualização do trabalho proporcionaria mais clareza e incentivaria a indústria da UX a desenvolver melhores produtos e experiências para os utilizadores.
A função de um designer principiante passa por entender os princípios básicos e construir alicerces. Por isso, a melhor forma de nos tornarmos bons UX Designers é pensarmos como tal.
Leia o livro A Arte do Gamanço de Austin Kleon
Saiba mais sobre a arquitetura da informação
Outro clássico: “The Double Diamond UX concept” do designcouncil.org.uk
Popularizado pela Stanford d.school, o processo de cinco etapas do Design Thinking pode ser aplicado de uma maneira geral e para além das áreas da UX e do design tradicional.
É um processo útil para enfrentar problemas desconhecidos e pode dividir-se em cinco etapas:
- Empatizar: pesquisar as necessidades dos utilizadores.
- Definir: determinar as necessidades e problemas dos utilizadores.
- Imaginar: esquecer as suposições e conceber novas ideias.
- Criar um protótipo: criar soluções e repeti-las.
- Testar: experimentar possíveis soluções.
O Design Thinking não acontece de forma linear. Deve explorar o processo dos cinco níveis para obter uma visão mais aprofundada dos utilizadores e da eventual solução ideal para os mesmos.
Aprenda mais sobre o Design Thinking com o vídeo “The Explainer”:
Pensamento sistémico
O pensamento sistémico é uma ferramenta para analisar, de modo geral, o sistema de realização de atividades.
- Porque é que temos falhas?
- Como podemos melhorar a comunicação entre as equipas?
- Porque é que as outras equipas têm um orçamento diferente se alcançamos o mesmo objetivo?
- Como podemos desenvolver melhor a nossa estratégia?
Estas são perguntas essenciais nos modelos de pensamento sistémico. É uma abordagem ao design de nível superior quando comparada com a abordagem centrada nos utilizadores.
Ao compreenderem as ligações existentes a nível coletivo, os designers vão perceber melhor o modelo de negócio e a indústria dos seus utilizadores, criando assim produtos e experiências mais relevantes para os mesmos.
Tudo fará sentido quando compreender o panorama completo:
OK. E agora?
Se tivéssemos de resumir aquilo de que falámos, até agora, sobre o UX Design, o que acha que diríamos?
É provável que esteja a pensar nalgum tipo de abordagem ao design multifacetada, em que a experiência do utilizador se encontra no cerne de tudo.
Nada mau. Os UX Designers devem entender o raciocínio dos utilizadores e transformar ideias e comportamentos complexos numa interface que seja fácil de usar. Além disso, a experiência dos utilizadores deve ser agradável, para que voltem regularmente e/ou possam atingir o seu objetivo final.